Tesão ao primeiro olhar

Senti os teus olhos a queimarem-me as costas, a deliciarem-se com a vista do meu traseiro, das pernas. Espreitei pelo canto do olho e lá estavas tu sentado, perna cruzada a saborear a tua bebida mas com os olhos repletos de desejo que não disfarçavas. Tanto que os saboreaste para me provocar. Fingi que não tinha reparado em ti mas o meu baixo ventre estremeceu de prazer, sim, porque tu és uma tentação, daquelas que queremos saborear bem, e, lentamente, e continuei a olhar distraidamente para a TV. Nem sei o que estava a dar pois a minha mente não estava ali.

Senti alguém ao meu lado, um roçar no braço e uma voz a perguntar como estava, virei-me e lá estava a tua boca a sorrir para mim, com esses lábios apetitosos que só me apetece trincar, os olhos penetrantes que não vacilaram a olhar para mim e só consegui responder...”Sim”, um sim lânguido, apaixonado que não disfarçava os meus sentimentos, a minha vontade.

Talvez por teres percebido, soltaste uma pequena gargalhada que ainda me fez desejar te mais, mas como? Um estranho, nunca me tinha sucedido.

Perguntaste-me o que gostava de fazer e eu respondi dançar, tu agarraste-me na mão e só disseste, “vamos”. Segui-te feito carneirinho, hipnotizada pela tua segurança, confiança…

Agarraste-me delicadamente, ao de leve e fui-me encostando a ti, sentido o teu cheiro, o teu calor que me atiçou ainda mais os sentidos, nem falava mas a respiração denunciava-me porque me apertaste mais contra ti e a tua mão ia deslizando. Encostaste os teus lábios ao meu pescoço e beijaste-o ao de leve, seguido de uma pequena mordida. Arrepiei-me completamente mas não me mexi, queria mais e tu continuaste com mais beijos, que foram subindo em direcção á minha boca, quando me olhaste nos olhos já a tinha entreaberta à tua espera. Um beijo sôfrego, húmido, delicioso que me deixou noutra dimensão foi o prelúdio para querer mais, muito mais. Seguraste-me na mão e levaste-me em direcção ao WC, certificaste-te de que não estava ninguém e entramos. Encostaste-me à parede agarrando as minhas mãos em cima da minha cabeça e entreabriste-me as pernas com as tuas. Eu que gosto de controlar estava-me a deixar completamente nas tuas mãos, experiência nova.

Beijaste-me intensamente, ao mesmo tempo que uma das mãos segurava a minha nádega contra ti, apertando-a bem. O meu corpo arqueava mas tu não me soltavas, não me deixavas tocar-te, ias-me provocando com a outra mão, que enfiaste no meio das minha pernas, penetrando-me e de seguida saboreando a rir. Quando te quis lamber fugiste com a boca. Estavas a ser mauzinho mas ainda me atiçavas mais a vontade o que me fazia abrir as pernas para te sentir novamente. Foi então que tiraste o cinto e me prendeste as mãos atrás das costas e me sentaste em cima do lavatório, levantando o vestido e rasgando-me as mini cuecas. Abriste-me para ti e saboreaste-me, oh como saboreaste. Não descansaste enquanto não me vim expansivamente para ti. Aí sim, deste-me o prazer de saborear a tua boca que eu devorei. À medida que te ia lambendo, tu levantaste-me o rabo e penetraste-me com uma intensidade, uma fome, uma tesão difícil de igualar. Enrolei as minhas pernas em ti e não larguei a tua boca para me impedir de gemer, gritar. Quando te afastavas era para sussurrar ao meu ouvido o quanto me querias, o quanto era bom estares dentro de mim. O meu corpo delirava com o teu calor, com o teu vigor, só te queria sentir mais, cada vez mais.

Para não gritar mordi-te o ombro, o que te fez ainda penetrares com mais força e delirei, novamente. Quando me sentiste a vibrar deixaste-te ir e agarraste-me com uma força descomunal onde não havia espaço para o ar entre nós e senti-te, oh se senti, em todo o teu esplendor, a vibrar dentro de mim. Beijaste-me a cara, os olhos a boca e soltaste-me. Ainda consegui olhar-te nos olhos e sorrir antes de reparar que estavam a bater na porta.

Saímos impávidos e serenos para a nossa tão merecida bebida.