AMOR EM PART-TIME

É certo e sabido que muitas mulheres sofrem irremediavelmente do "síndroma" do ser inferior, que se consideram sempre aquém das expectativas; das suas,  porque mulher que é mulher tem sempre as expectativas demasiado elevadas. Seja em relação a ela , seja em relação ao companheiro. Mas, faz-me confusão como muitas se mantém numa relação de "capacho" e sujeita à disponibilidade do dito ser amado.

Estamos numa era de igualdade , de deveres e privilégios (ALELUIA), mas muitas de nós ainda não intrisecaram essa ideia.

Fico portanto deveras admirada quando ainda encontro "gajos" que querem apenas estar com alguém de acordo com a sua disponibilidade e, pior, mulheres que permitem que tal aconteça...

Uma relação parte do principio da troca, de carinhos, amor, amizade e tempo...

Quando um destes componentes é dado em maior quantidade/qualidade por um lado, a relação tem tendência a terminar.

Hoje em dia , que a maioria das famílias é monoparentais, somos confrontadas com companheiros que já têm filhos, portanto a disponibilidade é menor.

Mas é bom que não seja muito menor, porque nenhuma (ups, a maioria ) mulher gosta de ser "usada" em part-time, segundo a disponibilidade da vida familiar da outra pessoa.

Claro que os filhos são o mais importante do mundo, mas, o amor também é, e se uma pessoa gosta mesmo da outra então tem de arranjar um meio termo para não deixar ninguém para trás e proporcionar bons momentos a todos.

Falo por mim, que prefiro ficar sozinha a ter de depender da disponibilidade de alguém, mas, penso que não estou sozinha nesta "luta".

Sara